terça-feira, 20 de setembro de 2011

bolachas

Acho que tá na hora de apagar a luz. Já passei tempo demais aqui tentando pensar e pensando em como entender as coisas todas que ocorreram-me nos últimos dias. A verdade é que é tudo tão difícil, tanta coisa pra assimilar de uma vez só e - ah, portentosa tarefa! - é necessário manter o equilíbrio. Aprendi que quem pensa demais não se equilibra, começa a pender pra um dos lados e a corda é fina demais pra aguentar o ângulo do corpo que pendula. Me disseram certa vez que somos um conjunto de memórias. Sim, um conjunto de memórias, experiências, toques e sentidos. E mesmo assim parece que isso é tão em vão!, pois ah, se eu me lembrasse de fato de dores passadas saberia melhor como decidir. Mas é que a lembrança nos dá só imagem, o sentido fica esquecido lá no fundo do que somos. Por isso depois de tempo, quando resta só cicatriz, só resta uma angústia sem significância, sem se saber o sentido. E por isso mesmo também não ponderamos. Não há nada que sirva para comparação.
É que o nos afeta é só o que a gente sente.

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Descobri depois que paixão é uma fome que a gente compartilha. A bolacha é pouca pra dois e dois estômagos grandes demais.

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