Encontrarei consolo em outra pele,
Mas hei de ter, jamais, sombra em outr'alma.
Visto que o corpo, morto, espera em calma,
Mas a alma, senão a tua, a minha expele.
a ruidosa
sábado, 21 de abril de 2012
terça-feira, 22 de novembro de 2011
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
esboço
Tempo, tempo, o que é o tempo e como ele pendula? Arrastando-se sobre você ou afastando-se lentamente? Engole-te tornando-se infinito ou vai dissipando-se e você permanece eterna?
Agora ecoa, quase que perdida, a voz do pregador em meus ouvidos e ele diz Só há dois caminhos; ou você sobe, ou te descem mas eu sinto mesmo é que eu não vou pra lugar nenhum e essa ideia de solidão começa a me aterrorizar.
É como uma teia de cordas muito larga e infinitamente comprida, e você caminha nesse tapete mole num caminhar desequilibrado e por vezes cai, mas os fios entrelaçados te suportam, suportam tua insustentável densidade, e as tranças vão se desfazendo aos poucos, soltando corda por corda, e de repente você despenca e não há mais nada pra te sustentar. É isso que chamam de morte.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
eu poderia mentir
dizer que se você fechasse a porta
eu morreria.
mas eu sei que hora ou outra
você abre
só já não sei mais se entro...
me dá meia hora
de paz, solidão, de encontrar as vicissitudes
de revés
tantos momentos onde a borrasca era forte, forte, me fazia encurvar as costas
amor às vezes
agora, olhando tudo, vejo o que nos resta:
dizer que se você fechasse a porta
eu morreria.
mas eu sei que hora ou outra
você abre
só já não sei mais se entro...
me dá meia hora
de paz, solidão, de encontrar as vicissitudes
de revés
tantos momentos onde a borrasca era forte, forte, me fazia encurvar as costas
amor às vezes
agora, olhando tudo, vejo o que nos resta:
domingo, 9 de outubro de 2011
lago
quantos erros
e desencontros
quantos fatos
atropelados
quanto medo,
quanto passado,
quanta coragem,
deu tudo errado
ausência e mágoa
presença finda
corro, me escondo
em qualquer lado
transformo o choro
torna-se lago
eu pulo,
mergulho,
me afogo.
e desencontros
quantos fatos
atropelados
quanto medo,
quanto passado,
quanta coragem,
deu tudo errado
ausência e mágoa
presença finda
corro, me escondo
em qualquer lado
transformo o choro
torna-se lago
eu pulo,
mergulho,
me afogo.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
terça-feira, 20 de setembro de 2011
bolachas
Acho que tá na hora de apagar a luz. Já passei tempo demais aqui tentando pensar e pensando em como entender as coisas todas que ocorreram-me nos últimos dias. A verdade é que é tudo tão difícil, tanta coisa pra assimilar de uma vez só e - ah, portentosa tarefa! - é necessário manter o equilíbrio. Aprendi que quem pensa demais não se equilibra, começa a pender pra um dos lados e a corda é fina demais pra aguentar o ângulo do corpo que pendula. Me disseram certa vez que somos um conjunto de memórias. Sim, um conjunto de memórias, experiências, toques e sentidos. E mesmo assim parece que isso é tão em vão!, pois ah, se eu me lembrasse de fato de dores passadas saberia melhor como decidir. Mas é que a lembrança nos dá só imagem, o sentido fica esquecido lá no fundo do que somos. Por isso depois de tempo, quando resta só cicatriz, só resta uma angústia sem significância, sem se saber o sentido. E por isso mesmo também não ponderamos. Não há nada que sirva para comparação.
É que o nos afeta é só o que a gente sente.
--
Descobri depois que paixão é uma fome que a gente compartilha. A bolacha é pouca pra dois e dois estômagos grandes demais.
É que o nos afeta é só o que a gente sente.
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Descobri depois que paixão é uma fome que a gente compartilha. A bolacha é pouca pra dois e dois estômagos grandes demais.
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